Parnasianismo
• Manifestação poética do Realismo e do Naturalismo,
estéticas antirromânticas.
• Quanto à estrutura, caracteriza-se pela sacralidade da
forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo rítmico e
vocabular, pelas rimas raras e pela preferência por estruturas fixas, como os
sonetos.
• Sonetos: 2 quartetos e 2 tercetos, versos decassílabos ou
alexandrinos.
• Quanto ao conteúdo, valoriza o exotismo e a mitologia. Os
temas preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição
visual é o forte da poesia parnasiana.
• Cavalgamento ou encadeamento sintático (enjambement) =
quando o verso termina quanto à métrica, mas não quanto à ideia, se encerrando
no verso de baixo.
• Surgiu no Brasil em 1882 com a publicação da obra
“Fanfarras”, de Teófilo Dias, embora tenha se consolidado com “Poesias”, de
Olavo Bilac, apenas em 1888.
• Tríade Parnasiana:
∗ Alberto de Oliveira => autor de “Vaso Grego”, é considerado
mestre da arte de compor retratos, quadros e cenas. Sua obra revela apego aos
cânones formais e temáticos do parnasianismo, leve tendência à ironia.
∗ Raimundo Correia => sua poesia parnasiana caracteriza-se
por extremo rigor métrico e um acentuado apuro verbal.
∗ Olavo Bilac => une conteúdo emotivo e linguagem
clássica. Outra característica de sua obra é a dualidade no tratamento do amor,
oscilando entre platonismo e sensualidade.
• Os parnasianos brasileiros não seguiram todos os aspectos
do parnasianismo francês, pois muitos poemas não abandonaram a subjetividade da
geração romântica e há preferência por temas voltados à realidade brasileira,
contrariando o universalismo.
Simbolismo
• Estética que
surgiu movida por ideias subjetivas, pelo individualismo e pelo misticismo.
• Oposição às
vertentes realistas => A visão objetiva da realidade não desperta mais
interesse, mas, sim, o ponto de vista particular de um único indivíduo.
• Semelhança com o
Romantismo => É uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se reaproxima
da estética romântica. Entretanto, mais do que elaborar uma poesia egocêntrica
e voltar-se para o coração, os simbolistas procuram o “eu” em sua mais profunda
manifestação.
• Temáticas:
metafísica, misticismo, espiritualidade e abstracionismo. Traz passagens
oníricas, ou seja, relativas ao sonho, ao inconsciente. Existência humana,
psicanálise, loucura.
• Corpo =>
cárcere da alma; a morte como instrumento de libertação.
• Sinestesia =>
mistura de sensações. Exemplos: “doce abraço”, “grito vermelho”.
• Musicalidade =>
aliteração (repetição de consoantes) e assonância (repetição de vogais).
• Dicotomia =>
alma/corpo, matéria/espírito.
“Ó
formas alvas, brancas, Formas claras
De
luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluídas, cristalinas...
Incensos
dos turíbulos das aras...”
Trecho de Antífona, de Cruz e
Souza.
Neste trecho, o
autor simbolista Cruz e Souza sugere um ambiente sem nomear objetivamente os
elementos da realidade. Observa-se o imaginário, a fantasia e a obsessão pelo
branco através da translucidez, nebulosidade e brilhos.