quarta-feira, 9 de março de 2011

NÍVEIS DE LÍNGUA

NÍVEIS DE LÍNGUA

Não usamos uniformemente a língua, antes a adaptamos às circunstâncias e às pessoas com quem queremos comunicar.

A utilização da língua pelos diferentes falantes depende de vários fatores: geográficos, etários, culturais, socioeconômicos, profissionais, situacionais.

1. LÍNGUA CUIDADA (CULTA)


a) Língua Literária e Poética


b Linguagem Técnica e Científica LÍNGUA COMUM


2. NORMA ou PADRÃO -LÍNGUA FAMILIAR


3. LÍNGUA POPULAR
a) Gíria
b) Calão
c) Regionalismo




1. Língua Padrão

A língua padrão é constituída por um sistema de signos e regras próprias de uma comunidade linguística, que permitem a todos os sujeitos falantes comunicarem entre si e compreenderem-se mutuamente, sejam eles de cultura rudimentar ou de elevada cultura.

Aproximam-se da língua padrão os textos dos manuais escolares, a linguagem do professor e dos alunos nas aulas e todos os textos expositivos em que se vise à clareza e a compreensão fácil.

• Língua Cuidada

A língua que encontramos nos discursos parlamentares, nas conferências. Usa um vocabulário mais selecionado e menos usual.

• Língua Literária e Poética

Apresenta as características da língua cuidada, mas assume desvios da norma mais arrojados: figuras de estilo e palavras estudadas para criar ambientes emotivos e poéticos.

• Linguagem Técnica

É constituída por palavras relativas a determinada profissão e se usam nesse contexto: um mecânico de automóveis conhece o nome de todas as peças de um motor, o que não sucede a qualquer falante.

 
• Linguagem Científica

Afasta-se da língua comum porque se refere a questões da Medicina, da Físico-Química, da Biologia, etc..


2. Língua Familiar

A língua familiar é simples, não se afastando muito da língua padrão. Os falantes dão a impressão de se conhecerem bem.

3. Língua Popular

A língua popular é muito simples, sem palavras eruditas e desvia-se da norma, quer na fala, quer na escrita. As características da língua popular variam com as regiões do país (Regionalismos) e com os diferentes tipos sociais (Gírias e Calão)

• Regionalismos

São registros de língua próprios da população de diferentes povoações ou regiões. Distinguem-se pela pronúncia, pelos diferentes significados e diferente construção de palavras e frases.

• Gírias

São linguagem própria de certos grupos sociais, de certas profissões que usam um vocabulário próprio, geralmente com a finalidade de não serem compreendidos por indivíduos estranhos ao seu grupo.

• Calão

O calão é um tipo de gíria própria de grupos sociais mais marginais, onde a ação educativa dificilmente penetra: trata-se de uma linguagem grosseira e muitas vezes obscena. No entanto, certas palavras entram a pouco e pouco na linguagem familiar, sobretudo entre os jovens. São frequentes palavras ou expressões como gajo, chatear, pifo, teso, etc..


O conhecimento pode ser classificado em categorias:

Conhecimento sensorial: É o conhecimento comum entre seres humanos e animais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato, audição e paladar).

Conhecimento intelectual: Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.

Conhecimento vulgar/popular: É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.

Conhecimento científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.

Conhecimento filosófico: Mais ligado à construção de idéias e conceitos. Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar sobre a condição humana.

Conhecimento teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus e que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.

Conhecimento intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz respeito à subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade humana. Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.

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