REDAÇÃO
DESCRITIVA
Descrição de pessoa: Darcy Ribeiro
Autor:
André Luiz Diniz Costa
Um dos mais brilhantes cidadãos
brasileiros, Darcy Ribeiro provou ao mundo que um homem de nada mais precisa
além da coragem e da força de vontade para modificar aquilo que, por covardia,
simplesmente ignoramos. Ouvi-lo, mesmo que por alguns instantes, nos levava a
conhecer sua sabedoria e simplicidade, era um verdadeiro intelectual cuja
convivência com os índios o fez adquirir invejável formação humanística.
Darcy tinha a pele clara, olhos negros e
curiosos, lábios finos e trazia em seu rosto marcas de quem já deixou sua marca
na história, as quais harmoniosamente faziam-lhe inspirar profunda confiança.
Apesar de diabético e lutar contra dois cânceres, não fez disso desculpa para o
comodismo ante a seus ideais maiores, ele sabia o que queria, e não mediu esforço
para conseguir.
Com seu espírito jovem e obstinado,
Darcy Ribeiro estava sempre aprendendo e ensinando, ele sabia como ninguém
pensar com serenidade e defender aquilo em que acreditava, porém era realista o
suficiente para não se perder em "devaneios utópicos".
Acima de tudo, ele amava as crianças do
Brasil, e em nome dessas fundou os CIEPs, no Rio de Janeiro, tendo também
participação fundamental na criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Seus esforços foram reconhecidos internacionalmente, valendo-lhe prêmios e
homenagens por instituições de diversos países. Devido ao seu carisma,
destacou-se como etnólogo, antropólogo, político, educador, escritor e
historiador; tendo vários livros publicados.
Mais que uma sucessão interminável de
adjetivos pomposos, Darcy Ribeiro representou um exemplo a ser seguido por
qualquer um que tenha a consciência de seu dever para com a sociedade a que
pertence. Portanto, homenageá-lo é dever de cada brasileiro.
Descrição de Objeto: Clarinete
Autor: João Rodolfo Cavalcanti A. de
Araújo
Um elemento clássico e imprescindível
num concerto, o clarinete, com seu timbre aveludado, é o instrumento de sopro
de maior extensão sonora, pelo que ocupa na banda de música o lugar do violino
na orquestra.
O clarinete que possuo foi obtido após o
meu nascimento, doado como presente de aniversário por meu bisavô, um velho
músico, do qual carrego o nome sem tê-lo conhecido. O clarinete é feito de
madeira, possui um tubo predominantemente cilíndrico formado por cinco partes
dependentes entre si, em cujo encaixe prevalece a cortiça, além das chaves e
anéis de junção das partes, de meta. Sua embocadura é de marfim com dois
parafusos de regulagem, os quais fixam a palheta bucal.
Sua cor é confundivelmente marrom,
havendo partes onde se encontra urna sensível passagem entre o castanho-claro e
o escuro. Possuindo cerca de oitenta centímetros e pesando aproximadamente
quatrocentos gramas, é facilmente desmontável, o que lhe confere a propriedade
de caber numa caixinha de quarenta e cinco centímetros de comprimento e dez de
largura.
Com pouco mais de um século, este
clarinete permanece calado, latente, sem produzir sons nem músicas, pois, não
herdei o dom de meu bisavô e nunca me interessei por este tipo de instrumento,
mas, quem sabe se daqui a alguns anos não aparecerá um novo João Rodolfo, que
herde ao mesmo tempo, de seu bisavô e tataravô, respectivamente, o instrumento
e o dom.
Descrição de espaço (lugar): Um lugar
inesquecível
Autora:
Hildegarda
Localizado no Estado do Piauí, entre as
cidades de São Raimundo Nonato e Coronel José Dias, encontra-se um dos locais
mais bonitos do Brasil, o Parque Nacional Serra da Capivara, caracterizado pela
sua paisagem exuberante e seus "mistérios" históricos.
Declarado Patrimônio Cultural da
Humanidade pela UNESCO, este parque sensibiliza qualquer indivíduo que o
visita. Suas rochas com formatos especiais, os diferentes animais silvestres e
a impressão de estar a milhares de anos nos causam fortes sensações.
Os desenhos e pinturas nas cavernas e
partes de esqueletos são também urna atração espetacular. Termos noção dos
raros vestígios dos povos mais antigos da América é um fato marcante. Estudos
revelam que a região da Serra da Capivara era coberta por densa floresta
tropical. Hoje, sua vegetação é diferente, mas não apaga o aspecto de floresta.
Turistas de todo o mundo visitam o
parque com frequência. Lamentavelmente, os turistas brasileiros são os que
possuem menor índice de visitas, até porque não damos valor às belezas naturais
e culturais que encontramos em nosso próprio país.
REDAÇÃO
NARRATIVA
A narração está vinculada à nossa vida, pois sempre
temos algo a contar. Narrar é relatar fatos e acontecimentos, reais ou
fictícios, vividos por indivíduos, envolvendo ação e movimento.
A narrativa
impõe certas normas:
a) o fato: que deve ter sequência ordenada; a sucessão
de tais sequências recebe o nome de enredo, trama ou ação;
b) a personagem;
c) o ambiente: o lugar onde ocorreu o fato;
d) o momento: o tempo da ação
O relato de
um episódio implica interferência dos seguintes elementos:
fato - o quê?
personagem - quem?
ambiente
- onde?
momento - quando?
Em qualquer narrativa estarão sempre
presentes o fato e a personagem, sem os quais não há narração.
Na composição narrativa, o enredo gira
em torno de um fato acontecido. Toda história tem um cenário onde se
desenvolve. Desta forma, ao enfocarmos a trama, o enredo, teremos,
obrigatoriamente, de fazer descrições para caracterizar tal cenário. Assim, acrescentamos:
narração também envolve descrição.
Narração na
1ª Pessoa
A narração na 1ª pessoa ocorre quando o
fato é contado por um participante, isto é; alguém que se envolva nos
acontecimentos ao mesmo tempo em que conta o caso. Isso torna o texto muito
comunicativo porque o próprio narrador conta o fato e assim o texto ganha o tom
de conversa amiga. Além disso, esse tipo de narração é muito comum na conversa
diária, quando o sujeito conta um fato do qual ele também é participante.
Narração na
3ª Pessoa
O narrador conta a ação do ponto de
vista de quem vê o fato acontecer na sua frente. Entretanto o contador do caso
não participa da ação.
Observar: "Era uma vez um boiadeiro
lá no sertão, que tinha cara de bobo e fumaças de esperto. Um dia veio a
Curitiba gastar os cobres de uma boiada".
Você percebeu que os verbos estão na 3ª
pessoa (era, veio) e que o narrador conta o caso sem dele participar. O
narrador sabe de tudo o que acontece na estória e por isso recebe o nome de
narrado onisciente. Observe: "No hotel pediu um quarto, onde se fechou
para contar o dinheiro. Só encontrou aquela nota de cem reais. O resto era
papel e jornal...".
Você percebeu que o boiadeiro está só,
fechado no quarto. Mas o narrador é onisciente (sabe o que se passa com o
boiadeiro) e conta o que a personagem está fazendo.
REDAÇÃO DISSERTATIVA
Introdução
A introdução como o próprio nome já diz é onde é mostrado ao
leitor o assunto que será abordado ou o ponto de vista que será defendido. O
ideal é que seja feito não muito extenso para não cansar o leitor, mas que
exclame perfeitamente o assunto que será abordado nos próximos parágrafos.
Desenvolvimento – (pode
ser dividido em dois parágrafos: causa e consequência)
O desenvolvimento da sua redação será a parte onde você
mostrará seus argumentos para defender ou explicar o assunto, coloque no texto
todas as informações necessárias, mas sempre de forma clara e explicativa.
Esteja sempre atento ao que escreve e se possível revise bem o desenvolvimento
da sua redação para que não escreva coisa sem nexo.
Conclusão
Agora chegou a parte de fechar a sua redação dissertativa, é hora
de mostrar ao leitor a seu pensamento final sobre esse assunto. É indicado que
não se use palavras repetidas ou terminar o texto falando um pequeno resumo
sobre tudo o que você fez. Leia várias vezes a sua redação para ter certeza de
que esteja tudo correto e pronto.
CONSUMISMO
Vivemos em um mundo cada vez mais
globalizado, no qual a dinâmica de informações é intensa e constante. A troca
de ideias e mercadorias entre os mais distantes lugares tornou-se ainda mais
frequente e rápida após o advento da internet. Dentro desse contexto, há um
importante fator que deve ser levado em consideração: a mídia como um mecanismo
de manipulação das massas.
Através de inúmeros meios de
comunicação como rádio, televisão, jornais, revistas, outdoors, internet, entre
outros, a mídia tem realizado o seu trabalho de convencer as pessoas a
consumir. Para isso utiliza-se de algumas artimanhas, como artistas famosos e
queridos que incitam o público a comprar os produtos divulgados. O ser humano
nasce e cresce vivenciando esse mundo manipulado pela mídia, e acreditando que
a felicidade possa ser encontrada quando se adquire determinada marca de roupa,
calçado, carro, joia, celular ou qualquer outro produto. Divulga-se
constantemente a ideia da felicidade comprada.
O individuo que nasce nesse ambiente
consumista dificilmente aprende valores interiores e subjetivos, como a
amizade, o amor ao próximo, o companheirismo, o respeito, a dignidade, a
honestidade que o edificam como ser pensante e emotivo. Decorre disso a
dificuldade de se preencher o vazio interior, o que é comumente buscado no
consumo de bens concretos e superficiais. Não há como afirmar que tais bens são
dispensáveis à felicidade, porém estes não estão capacitados a trazer a
realização pessoal buscada pelo homem.
A partir das ideias discutidas,
podemos concluir que uma das melhores maneiras de garantir a realização pessoal
é combatendo o consumismo incitado pela mídia – uma vez que este proporciona
uma felicidade maquiada e momentânea que não caracteriza uma realização pessoal
plena e sólida – e educando nossas crianças com base em valores como a
solidariedade, o amor e o respeito.
FICHA MAIS LIMPA
Mais uma vez, a Justiça acabou se
revelando mais rigorosa em relação às exigências de moralidade na política do
que o próprio Congresso. Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
decidiu que a chamada Lei da Ficha Limpa valerá para todos os candidatos
condenados por crimes graves em órgãos colegiados, incluindo casos nos quais a
condenação seja anterior à sanção da lei, em 4 de junho. Prevaleceu, portanto,
a tese de que o Direito Eleitoral deve proteger a moralidade, e evitou-se assim
o risco de o novo instrumento se tornar inócuo. Com essa manifestação da
Justiça, perdem alguns políticos que, a partir da ampliação do alcance da lei,
ficarão impedidos de concorrer em outubro e deverão, por isso, tentar derrubar
a norma. Em compensação, ganham os eleitores, pois assim correrão menos riscos
de eleger quem tem contas a acertar com a Justiça.
Mesmo levado a agir de alguma forma
por um projeto de iniciativa popular apresentado em setembro do ano passado com
o respaldo de 1,3 milhão de assinaturas, o Congresso vinha desde então
hesitando em atender ao clamor popular. A aprovação só ocorreu depois do
abrandamento do texto, que limitou o impedimento do registro de candidatura
apenas para condenados em última instância. Mesmo assim, o Senado ainda tentou
um recurso semântico para abrandar as exigências, mudando o tempo verbal “os
que tenham sido”, como saiu da Câmara, para “os que forem” condenados.
Felizmente, na interpretação do TSE,
prevaleceu a tese do relator da consulta sobre o projeto Ficha Limpa, ministro
Cláudio Versiani, de que a causa da inelegibilidade incide sobre a situação do
candidato no momento do registro, com prazo até 5 de julho. Não se trata como
argumentou o relator, de perda de direito político, de punição, pois
inelegibilidade não constitui pena. A condenação é que, por si só, sob esse
ponto de vista, impede alguém de sair em busca de voto.
Só o corporativismo dos políticos é
capaz de justificar a necessidade de a Justiça Eleitoral se pronunciar,
impedindo o registro de candidaturas que os próprios partidos deveriam vetar,
em respeito aos eleitores. Confrontada com a exposição de sucessivos
descalabros na política e na administração pública de maneira geral, a
sociedade brasileira tem razões de sobra para se mostrar cada vez menos
tolerante com práticas do gênero. Esse é o tipo de deformação que só se
mantinha pelo fato de ter sido associada a políticos a ideia de impunidade e
pela insistência de muitos deles em buscar votos para garantir imunidade ou
tratamento privilegiado.
O projeto que o TSE se encarregou de
tornar um pouco mais rigoroso pode não ser abrangente o suficiente para as
necessidades do país e não confere 100% de garantia ao eleitor de estar optando
por um candidato ético. Mas, diante da falta de disposição dos parlamentares em
se mostrarem mais rigorosos, constitui um alento na luta pela moralização.
(OBSERVAÇÃO: SÓ COLOQUE O TÍTULO CASO SEJA PEDIDO PELO EXAMINADOR OU TIVER UM ESPAÇO, OU SEJA, UMA LINHA CENTRALIZADA E MENOR QUE AS OUTRAS LINHAS NA QUAL A REDAÇÃO SERÁ ELABORADA.)
Uma excelente postagem, abrangendo diversos aspectos da escrita acadêmica e escolar. Estava procurando por tais informações e encontrei-a em um único site. Gratificações pelo magnífico blog!
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